Praticando o jornalismo

Este ano resolvi que não vou limitar minha profissão ao meu emprego atual. Como jornalista, tenho buscado oportunidades de exercitar a "arte" de escrever de várias formas. Uma delas foi fazendo freelas pra Revista Ensino Superior, da Editora Segmento.

Comecei com a matéria À luz das celebridades, para a edição de janeiro/2008 e, recentemente, tive mais um texto publicado na edição de maio. Se quiser conferir, dá uma olhada em Sem medo de crise.

Nem sempre tenho tempo ou inspiração pra escrever algo novo, mas aos poucos vão surgindo outras oportunidades, assim que tiver algo a dizer, passo por aqui.

Beijos
Cris

Lembranças do Ceará

Pela primeira vez tirei férias oficialmente em um emprego. Isso nunca havia acontecido porque eu sempre emendava um emprego no outro e saía antes de completar o um ano exigido pela lei. Desta vez foi diferente, estou na Simbiose há cerca de 1 ano e 8 meses e consegui, finalmente, meus 15 dias de férias.

Para não correr o risco ficar em casa dormindo até meio dia, assistindo Sessão da Tarde ou comendo pra engordar mais, resolvi de última hora que iria para o Nordeste. Depois de pesquisar alguns destinos decidi por Fortaleza - acho que foi a melhor decisão que tomei.

Amei tudo. A cidade, as praias (uma mais linda que a outra), as noites, as pessoas que conheci, até o guia turístico me dá saudade.

Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras, então vou tentar contar um pouco da minha viagem por meio de fotos e legendas. Não sei se registrei todos os momentos, mas certamente tem muita coisa bonita pra lembrar.

Com vocês, Fortaleza pelas lentes de Cristina Morgato.

Além de serem minhas primeiras férias, foi também minha primeira viagem de avião, e mais, minha primeira viagem de avião sozinha. Digamos que foi um pouco tensa no começo, ainda mais com as turbulências do vôo noturno, mas depois relaxei e aproveitei. Mas na próxima quero ir na janelinha, ok?

O hotel escolhido foi o Villa Mayor. Localizado na Praia de Meirelles, sua decoração relembra a Fortaleza de antigamente. Muito charmoso, aconchegante, atendimento nota 10.

O Beach Park foi o passeio mais caro, mas sem dúvida um dos melhores. Além da beleza do lugar (a praia onde está localizado o parque é uma das mais lindas), toboáguas gigantescos fizeram a adrenalina subir à cabeça. Tive coragem de encarar até o "Insano", com seus 41m de altura em queda livre - Achei que fosse morrer.

Além de conhecer as belezas naturais, aprendi um pouco mais de História. Este é o malzoléo do Presidente Castelo Branco, se não me engano um dos maiores vãos livres da América Latina.

O primeiro passeio de buggy, na Praia do Cumbuco. Com ou sem emoção? Com, é claro. Nunca pensei que fosse descer as dunas daquela maneira. Inesquecível. Pra completar, sky bunda e mergulho numa lagoa refrescante.

Ceará - a terra do jegue! É incrível, onde você for em Fortaleza ou nas redondezas você encontra um jegue. Na praia, no sertão, na cidade, e nas dunas. Este é o jegue "Kaka" e seu dono, que ganha a vida cedendo a imagem do seu burrinho para as fotos dos turistas.

A produção de cocos é uma das fontes de renda da região, e a tecnologia está colaborando para melhores colheitas. Esta é uma plantação de "coqueiros anões". Isso mesmo, são coqueiros que foram genéticamente modificados para serem mais baixos e, ao mesmo tempo, produzirem muito mais cocos que os comuns. Viva a Biotecnologia.

As belas paisagens de Lagoinha. Não é a toa que esta praia é o cartão postal do Ceará, é linda.

E dá-lhe forró! Nunca escutei tanto forró, mas digamos que é bem diferente do que eu costumo dançar aqui em São Paulo. Lá tem forró em tudo o que é canto, nas baladas (acima, sanfoneiro da Lupus Chopperia), tem o tradicional Pirata, uma das principais atrações noturnas para os turistas, onde dá pra dançar a noite inteira. Até nas praias dá pra curtir um forrózinho.


Dizem que o Ceará é a terra do humor. De lá vieram figuras como Renato Aragão, Tom Cavalcante e tantos outros. Então eu não poderia deixar de conferir um show humorístico. Os escolhidos foram Rosicléia e Lailtinho. Deu pra dar umas risadas, mas eles não sabem falar de outra coisa que não seja sexo (cansa um pouco).

Em Canoa Quebrada tive a oportunidade de fazer um passeio de jangada pelo mar verde-azulado. A praia é magnífica, cercada por falésias é também conhecida pelas piscinas naturais que são formadas na maré baixa. Lá pude nadar em alto mar, próximo a um recife. Bom demais.

As paleodunas de Mundaú. Essas dunas são diferentes daquelas onde passeiam os buggys. São formações muito antigas que em algumas partes lembram as construções das pirâmides, pois formam rochas mesmo.

Em cidade turística todo mundo acha um jeito de sobreviver. Esta foto foi tirada em uma parada na ida para a praia de Morro Branco e Praia das fontes. É onde ficam as famosas rendeiras. À esquerda uma delas está fazendo uma renda especial, com a qual elas pretendem entrar no Guiness. Enquanto isso, gatorinhas tocam suas flautas em troca de alguns trocados.

Um pouco antes das rendeiras tem a parada do engenho, onde foi feita a "maior rapadura do mundo". Verdade, tá no Guiness! Ela fica lá, guardadinha dentro de um aquário de vidro, pra todos os visitantes verem.

Morro Branco é o reduto dos artesanatos de areias coloridas. É incrível acreditar que eles fazem essas paisagens com areia e um palitinho. Depois tem gente que acha que trabalhar com comunicação é que é ser criativo, rs. Fiquei babando enquanto a mulher fazia.

O guia Márcio André no labirinto das falésias. É de onde eram tiradas as areias coloridas para o artesanato. Hoje o lugar é protegido pela lei, e os artesãos têm que buscar areia em outros lugares. Mas sempre tem uns vândalos pra "esculpir" nomes nas paredes e estragar as paisagens.

No caminho para a Praia das Fontes, uma gruta onde foram gravadas cenas da novela global "Tropicaliente". Aliás, o Ceará já foi cenário para várias novelas e programas Globais. Lembram do No Limite? Olhem abaixo as dunas onde foram gravadas algumas provas.

Passeio de sábado - Mercado Central. Pra quem vai com dinheiro, é o paraíso! Tem de tudo o que se possa imaginar, desde comestíveis, artesanatos, coisas pra enxoval, roupas, calçados e acessórios. Pena que levei pouco dinheiro, senão teria me acabado. Mas lá não é o único lugar pra se comprar, tem a feirinha de Meirelles que também tem de tudo e é muito boa, o comércio da antiga Cadeia pública, entre outros pontos.

Pra fechar a última noite, fui tomar um chopp em um dos barzinhos do Centro Cultural Dragão do Mar. O espaço é bem bacana, reúne várias atrações culturais e de entretenimento como exposições, cinemas, teatros, planetário e bares. Minha acompanhante foi uma quase "nativa", a namorada de um amigo que mora lá há 8 anos.

E depois de tanto passear, as férias chegam ao fim. Hora de voltar pra casa e guardar as boas lembranças até as próximas férias.

Dentre as mais de 300 fotos tiradas, tentei destacar os principais momentos, mas certamente muita coisa boa ficou de fora. Saudades da terra do sol!

A importância do bem julgar

Carta do dia: A Justiça

O arcano VIII do Tarot, chamado “A Justiça”, emerge como arcano conselheiro para este seu momento em particular, Cristina, lembrando a importância da reflexão fria e analítica em relação aos fatos do mundo. Há momentos em que de nada adianta reagir emocionalmente às circunstâncias, em que é melhor se recolher e avaliar as coisas a partir de uma perspectiva mais fria, mais elevada. O importante, no momento, é julgar da forma mais imparcial possível. Procure ao máximo agir de maneira diplomática neste momento, Cristina. Você vai precisar, pois o momento assim exige. As circunstâncias poderão ficar bem difíceis e a tentação de agir de uma maneira impulsiva será muito grande. Segure a onda!

Conselho: Mantenha uma postura reflexiva diante dos fatos da vida.

Retrato de um Introverted Intuitive Feeling Perceiving

Esses dias fiz um teste na internet, indicação de uma amiga que também havia feito e publicado no fotolog dela. O texto é longo, mas achei muito interessante. Separei alguns trechos... retrata bem minha personalidade.

A idealista

Você, mais do que outras pessoas que são intuitivas e que dão mais ouvidos aos sentimentos do que à razão, e é focado em fazer do mundo um lugar melhor para as pessoas. Sua primeira meta é encontrar o seu significado na vida, perguntando coisas do tipo: "Para quê eu existo? Qual é o meu propósito? De que maneira eu posso ser útil?". Você é uma pessoa idealista que se esforça ao extremo para atingir os objetivos que identificou para si mesmo.

Em geral, uma pessoa gentil e de muita consideração, você é um bom ouvinte e deixa as pessoas à vontade. Mesmo que reservado ao expressar suas emoções, você se importa demais com os outros, e é genuinamente interessado em entender e ajudar as pessoas. Esta sinceridade é percebida pelos outros, fazendo de você um amigo especial, e em que se pode confiar.

Você odeia conflitos, e faz o que pode para evitá-los. Se você precisa encará-los, será sempre utilizando a perspectiva dos seus sentimentos. Em situações de conflito, você dá pouca importância para quem está certo e quem está errado. Você simplesmente quer resolver o conflito, pois isto lhe causa um profundo mal estar. (...) Mas suas ações, profundamente influenciadas pela emoção, podem fazer com que você tenha muita dificuldade para resolver seus próprios conflitos.

Você é uma pessoa flexível e despreocupada, até que um de seus valores seja violado. Nesse momento você pode se tornar ríspido, lutando com muita garra e paixão por sua causa.

Você tem padrões altíssimos para si, e pode ser muito duro consigo mesmo, tendo dificuldade para valorizar suas próprias qualidades. Se não resolver este seu conflito interno, nunca ficará feliz consigo mesmo, e pode ficar confuso e paralisado quanto ao que fazer de sua vida.

Se você desenvolver suas potencialidades você poderá realizar feitos maravilhosos, apesar de que provavelmente você nunca ficar satisfeito com eles. E lembre-se: algumas das pessoas que mais causaram desenvolvimentos humanísticos no mundo foram pessoas como você.

Quer fazer seu teste de INFP? Visite o link: http://wiki.inspiira.org/view/Persona/INFP

Recomeçando... again.

Esperanças Perdidas
Nenhum De Nós

Certas coisas nunca mudam
Alguém que vai embora
Alguém está pra chegar
Aí começa a diferença
Encontrar o que é novo
Sem esquecer de olhar pra trás

Não é preciso destruir pra conseguir recomeçar
Recomeçar de um ponto onde nada existia
Onde a vida é diferença
E crescer é sempre igual

A verdade vem aos pedaços
E eu não sei como fazer vc juntar
A verdade vem aos pedaços
E eu não sei como fazer vc juntar

Não sei o que dizer
Ainda sou seu amigo
E isso nunca vai mudar
Eu coloquei em suas mãos a minha vida
Esperanças perdidas

Entreguei demais
Quase nada além do que vc pedia
Coloquei em minha boca sua voz
Idéias e medidas

Ressurgindo das Cinzas

Faz quase 4 meses que não apareço por aqui, e isso me entristece.

Sempre gostei de escrever, sobre tudo, momentos de alegria, amor, tristeza, decepção... mas ultimamente não tenho conseguido colocar isso em prática. Aquela história de falta de tempo pode parecer desculpa esfarrapada, mas juro que é verdade. A vida anda corrida.

Mas falta também inspiração. Não que não tenha acontecido nada de diferente na minha vida, ao contrário, coisas novas surgem a cada momento (nem sempre boas), acontece que falta ânimo para colocar tudo no papel, ou na tela do computador.

Mas enfim, estou dando uma pausa no trabalho e vou jogar aqui algumas idéias que andam me perturbando ultimamente.

Começo com uma música que tenho ouvido no rádio... e destaco um trecho:

Condição Humana
Linox

"Desculpe mas não posso prometer
Que eu nunca vou te machucar porquê
Sob a dura condição humana,
Vivemos, eu e você
Como sempre foi
Todo dia é um novo dia

Eu sei que mal a gente se juntou
E já mudou o modo de pensar
E o medo de mudar assusta, eu sei
E custa a aliviar!
Mas não há de ser
Mais forte que um novo dia

Afinal tudo aconteceu de repente
Num sinal era tudo tão diferente
O amor chegou e eu cheguei pra você
Você me olhou e a gente pagou pra ver

Desculpe mas não posso prometer
Que eu nunca vou te machucar porquê
Sob a dura condição humana,
Vivemos, eu e você
Como sempre foi
Todo dia é um novo dia

E se eu não for do jeito que espera que eu seja
Não veja isso como uma coisa ruim
Assim as nossas diferenças
Jamais serão nosso fim

Afinal tudo aconteceu de repente
Num sinal era tudo tão diferente
O amor chegou e eu cheguei pra você
Você me olhou e a gente pagou pra ver. "


Difícil conviver com diferenças, não? Tenho lutado contra isso todos os dias, mas está difícil vencer esta batalha. Estou perdendo as forças, gritando por socorro, mas ninguém pode resolver esta situação por mim.

Só quero poder ser eu mesma, ser amada do jeito que sou e viver em paz e feliz. É pedir demais? Talvez seja... nem tudo é como a gente gostaria.

E assim vou seguindo, na correria louca do dia-a-dia, que vem sugando minhas energias a cada dia. Implorando por férias e descanso, pra tentar voltar a ser a mesma Cris de antes. Tenho me tornado uma pessoa de quem não gosto. Amarga, ressentida, histérica... essa não sou eu. Mas juro que vou me reencontrar, custe o que custar.

Aprendendo a trabalhar com pessoas...

Não é de hoje que trabalho diretamente com gente. Quando escolhi a área de Comunicação, tinha alguma noção do poder da informação, que pode mudar vidas. Mas mais que levar informação às pessoas, um jornalista que se preze precisa entendê-las (ou pelo menos tentar).

Sempre fui muito observadora, do tipo que escuta mais do que fala (é aquela história, Deus nos fez com dois ouvidos e só uma boca pra escutar mais e falar menos). Confesso que por traz disso tem uma certa timidez, que já me atrapalhou em muitos momentos, mas que eu tento superar a cada dia. Enfim, sempre tomei muito cuidado para falar somente a coisa certa, na hora certa, e com isso fico escutando e absorvendo tudo o que se passa ao meu redor.

E posso dizer, escutando, observando, vou aprendendo muito a cada dia.

Fui deixando minha vida profissional me levar de acordo com a maré do mercado, e acabei me enfiando na comunicação empresarial. Talvez alguns pensem que esta é uma área mais fria do jornalismo, mais "marketeira", mas garanto que é muito mais profundo que isso.

Trabalhando em uma empresa de grande porte, com mais de 6 mil funcionários só em São Paulo (sem levar em consideração as outras unidades do Brasil e do mundo, que não são poucas), posso dizer que a cada dia aprendo mais. E a cada dia chego à conclusão de que não sei nada da vida.

Sou uma espécie de "reporter interna", correspondente que leva notícias da empresa aos próprios funcionários. Talvez seja por isso que eu fujo um pouco da regra de comunicação empresarial. Sou paga pra saber tudo o que está acontecendo nesse mundo interno e pra levar as informações relevantes aos demais funcionários.

Mas, sinceramente, o mais interessante não é saber se chegou uma máquina nova na fábrica, ou se foi realizado um treinamento em um software super moderno. O mais interessante é conhecer cada figura que faz parte desse mundo.

São pessoas únicas... Senhoras com idade para se aposentar que tiveram a chance de voltar a cursar o ensino fundamental, e são mais dedicadas que qualquer estudante universitário. Pais emocionados que dão o sangue para sustentar os filhos e não recebem de volta o mínimo de carinho e reconhecimento. Gente que trabalha com o coração e vibra a cada conquista da empresa, como se fosse uma medalha de seu filho.

A cada dia é uma história nova, uma mais surpreendente e emocionante que a outra. Hoje ouvi mulheres que venceram a luta contra o câncer de mama. Mesmo que tenha sido por telefone, sem olhar nos olhos delas, senti meus olhos se enchendo de lágrimas ao ver a coragem dessas mulheres.

Nessas horas, pessoas como eu percebem que aqueles probleminhas do dia-a-dia, que tanto nos perturbam, não são nada. São um grãozinho de areia no meio do deserto. Como somos ingratos, não?

Tem tanta gente sofrida nesse mundo, que teria todos os motivos pra reclamar da vida, e é feliz, grato. Por que somos tão ingratos, mesmo tendo tantos motivos para nos alegrar?

Díficil entender.
Só sei que a cada dia aprendo mais uma lição. Algumas dessas pessoas podem achar que não lembro de suas histórias. Talvez eu me esqueça do nome desses personagens. Mas certamente significam muito para mim.

O sorriso que vejo em cada rosto depois de mízeros 10, 15 minutos de atenção, é inesquecível.